“The greatest hotel”: diferencial é palavra de ordem

Cada vez mais as OTAs comandam as vendas diretas nos Hotéis, fazendo com que o Setor Comercial se mantenha antenado o tempo todo no que está acontecendo no mercado regional e nacional, adequando tarifas e serviços a cada momento e realidade, com vistas ao melhor aproveitamento das situações planejadas e aos imprevistos. Não está sendo nada fácil para nossos Colegas do Comercial, apesar de muito estudo de mercado, muito treinamento disponível e muita análise das expectativas… Entretanto, na maioria dos casos os Hotéis convivem com um verdadeiro leilão de ofertas de hospedagem, onde Clientes atualmente comparam as tarifas pela internet e adquirem os serviços de forma direta e silenciosa. Para o Comercial resta garimpar no Corporativo, onde as exigências e o verdadeiro leilão se instala de forma indiscutível.

Porém e em detrimento da falta de investimento operacional sério, de treinamentos específicos, de exemplos gerenciais e o modismo de ser chefe de cozinha, é na Operação onde tem se manifestado os maiores gargalos da Hotelaria. Gente despreparada para gerenciamento ou supervisão surgiu aos montes durante o milagre da Copa e das Olimpíadas, onde também surgiram investidores em Hotéis de lugares nunca dantes imaginados. Hotéis foram abertos,teóricos de plantão surgiram aos baldes, implantadores que nada sabem sobre a montagem de times trabalho se arvoraram de Experts e daí veio a dura realidade: Hotéis fechando, cotistas brigando, redes se engalfinhando e a coisa foi tomando rumos inesperados.

A Operação de um Hotel demanda o trato com pessoas nas diversas esferas e o planejamento detalhado das ações para atendimento das exigências e expectativas destas Pessoas. Não adianta fazer palestras, reuniões, estudos, seminários motivacionais e outras perdas de tempo e dinheiro, se a operação não for privilegiada e seus operadores diretos não estiverem na mesma VIBE! O dinheiro está curto em todos os Hotéis, pois a pechincha antes ao telefone, hoje é via internet e muito mais acelerada.

A diferença está na Operação e quem não á conhece, vive numa eterna “masturbação mental” tentando chegar ao clímax operacional tão sonhado. Já disse acima á respeito da falta de mão de obra, pois a formação hoteleira como praticada há décadas atrás foi esquecida e hoje os Hotéis pagam um alto preço por isto. Quer um exemplo? Coloque um anúncio de Governanta, Chefe de Cozinha ou Confeiteiro e peça requisitos básicos como experiência comprovada na função e vida profissional ou pessoal estável. É muito gostoso se dizer Hoteleiro e até chic, mas o difícil é ter vivido e trabalhado com quem outrora dava o exemplo pelo serviço que prestava e em Empresas que valorizam a Operação.

Os Hotéis querem bons profissionais, mas pagam salários abaixo de qualquer média histórica, com raríssimas exceções. Se pagam mais ou menos, só receberão serviços mais ou menos ou Vocês conhecem alguém que cobra por Misto Quente e entrega Filet Mignon? Nós Profissionais temos que nos conscientizar que o mercado não está fácil, vários colegas desempregados ou subempregados, mas convenhamos que tudo tem um limite de aceitação e convivência profissional. Tudo na vida deve ter uma contrapartida, inclusive nossa Profissão. Pensem nisso Senhores Gestores e Colegas de Profissão.

Que nossa Operação Hoteleira seja mais ouvida, mais planejada e mais valorizada fazendo com que TODOS os envolvidos ganhem com essa postura. Caso contrário, a “Teoria das Reuniões”, reinante atualmente, selará o destino de vários Investimentos.

Samuel Bologna – Consultor